‘Não Espere 24h’ busca desmistificar a crença de que é necessário aguardar 24 horas para registrar um desaparecimento. Só em 2022, 142 de crianças e adolescentes desapareceram no Amapá.
Ações no Amapá orientam a população sobre o registro de desaparecimento de pessoas, principalmente crianças. A campanha ‘Não Espere 24h’ foi lançada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e estás endo ampliada no Amapá pelo governo do estado.
Um dos objetivos e é desmistificar a crença de que é necessário aguardar 24 horas para registrar o desaparecimento.
Em todo país cerca de 20 mil pessoas de até 17 anos desaparecem, por ano, segundo o MJSP. No Amapá a Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), da Polícia Civil, informou que em 2022 houve o registro de 343 desaparecimentos, sendo 142 de crianças e adolescentes.
“A campanha quer divulgar para o cidadão sobre a desnecessidade de aguardar qualquer outro lapso temporal para comunicar um desaparecimento. Quanto antes for feito o registro, mais efetiva será a busca e melhor as chances de localização. Qualquer situação de sumiço que fuja da normalidade pode ser comunicada, independente da idade”, descreveu o delegado Leonardo Leite.
Sobre os registros
Segundo a Lei n° 23.675/2019, uma pessoa desaparecida é aquela “cujo paradeiro é desconhecido, não importando a causa de seu desaparecimento, até que sua recuperação e identificação tenham sido confirmadas por vias físicas ou científicas”.
Uma pessoa pode ser considerada desaparecida após uma quebra repentina na rotina. Assim que o desaparecimento de uma criança ou adolescente for notado, o primeiro passo necessário é reunir informações, documentos e fotografias para registrar o Boletim de Ocorrência (BO) junto à Polícia Civil, tais como:
Informar fotografia nítida e atual da pessoa desaparecida
Informar características físicas do desaparecido como altura, cor da pele, idade, peso, tipo de cabelo, olhos etc.
Informar roupas e pertences utilizados pela pessoa desaparecida na última vez que foi vista
Informar sobre a rotina, estado emocional ou condições físicas da pessoa
Informar dados do aparelho celular como nota fiscal para busca do Imei (Identificação Internacional de Equipamento Móvel, da sigla em inglês), que é uma sequência única de 15 dígitos que funciona como uma “impressão digital” de celulares.
Informar dados sobre redes sociais
Descrever o contexto do desaparecimento
Feito isso, deve-se ligar para o 190, número de emergência.
Orientações
Ao registrar o Boletim de Ocorrência, a delegacia informará os próximos passos, possibilidades de busca e recursos de apoio disponíveis. Além disso, para auxiliar nas buscas, é importante verificar a possibilidade de coletar amostras de DNA em objetos do desaparecido ou de familiares. Ainda, caso a criança seja localizada, é importante comunicar às autoridades policiais.