Conforme evidencia Lawrence Aseba Tipo, títulos de renda fixa são investimentos em que o investidor empresta dinheiro a uma instituição (como governos, bancos ou empresas) em troca de uma remuneração predefinida. Eles são considerados seguros porque oferecem previsibilidade de retorno, já que as condições de pagamento dos juros e do principal são estabelecidas no momento da aplicação.
No entanto, é importante entender que, embora sejam mais seguros do que investimentos em renda variável, os títulos de renda fixa ainda apresentam riscos. Entenda melhor, a seguir!
Quais são os principais tipos de títulos de renda fixa?
Existem diversos tipos de títulos de renda fixa, cada um com características específicas, explica Lawrence Aseba Tipo. Os títulos públicos, como Tesouro Direto, são emitidos pelo governo federal e são considerados os mais seguros, pois contam com a garantia do Tesouro Nacional, já os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) são emitidos por bancos e oferecem rentabilidade atrelada a porcentagens do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

A escolha do título de renda fixa deve levar em consideração fatores como o prazo de investimento, a tolerância ao risco e os objetivos financeiros. Para investidores conservadores, que priorizam segurança, os títulos públicos e CDBs de bancos grandes são opções mais adequadas, já investidores com maior tolerância ao risco podem considerar debêntures ou CDBs de bancos menores, que costumam oferecer rentabilidades mais altas.
Como a taxa de juros e a inflação impactam os títulos de renda fixa?
A taxa de juros e a inflação são dois fatores que influenciam diretamente a rentabilidade dos títulos de renda fixa; títulos pós-fixados, como Tesouro Selic e CDBs atrelados ao CDI, têm sua rentabilidade vinculada à taxa básica de juros da economia (Selic). Quando a Selic sobe, esses títulos se tornam mais atraentes, e quando cai, sua rentabilidade diminui, já os títulos prefixados, como Tesouro Prefixado, oferecem uma taxa de juros fixa desde o início, mas são mais sensíveis às mudanças nas expectativas de inflação e juros.
Lawrence Aseba Tipo destaca que embora sejam considerados seguros, os títulos de renda fixa não estão livres de riscos. O risco de crédito refere-se à possibilidade de o emissor não honrar o pagamento dos juros ou do principal; títulos públicos têm risco praticamente zero, enquanto títulos emitidos por empresas ou bancos menores podem apresentar maior risco. Outro risco é o risco de mercado, que ocorre quando o investidor precisa vender o título antes do vencimento e o preço de mercado está desfavorável.
Como calcular a rentabilidade dos títulos de renda fixa?
A rentabilidade dos títulos de renda fixa pode ser calculada de diferentes formas, dependendo do tipo de título. Para títulos prefixados, a rentabilidade é determinada pela taxa acordada no momento da compra; por exemplo, um Tesouro Prefixado com taxa de 10% ao ano renderá exatamente isso, independentemente das mudanças no mercado. Para títulos pós-fixados, a rentabilidade é atrelada a um indicador; um CDB que paga 100% do CDI, por exemplo, terá sua rentabilidade variando conforme a taxa CDI.
Lawrence Aseba Tipo informa que os títulos de renda fixa têm diferentes tratamentos fiscais, o que pode impactar a rentabilidade líquida do investimento. Títulos públicos, como Tesouro Direto, têm alíquotas regressivas de Imposto de Renda, que variam de 22,5% (para investimentos de até 180 dias) a 15% (acima de 720 dias); já os CDBs, LCIs e LCAs seguem a mesma tabela regressiva, mas as LCIs e LCAs são isentas de IR para pessoas físicas.
Por fim, a diversificação é uma estratégia fundamental para reduzir riscos e maximizar retornos. Em uma carteira de renda fixa, é possível combinar diferentes tipos de títulos, como títulos públicos, CDBs, LCIs e debêntures, para equilibrar segurança e rentabilidade. Consultar um assessor de investimentos pode ajudar a montar uma carteira alinhada aos seus objetivos e perfil de risco.