O Amapá tem a maior porcentagem de óbitos sem ser por causa natural no Brasil, conforme levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2023. O estudo aponta que 16,7% dos falecimentos registrados no estado decorreram de causas externas, como homicídios, afogamentos e suicídios. Esse índice é o mais elevado do país e destaca um grave problema social e de segurança pública que merece atenção imediata das autoridades.
De acordo com os dados da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2023, o Amapá figura entre os poucos estados brasileiros que apresentaram aumento no número total de mortes no último ano. Enquanto a maioria das unidades federativas registrou redução no número de óbitos, o Amapá cresceu 1,5%, ficando atrás apenas do Amazonas, que teve um aumento de 2%. Este crescimento é diretamente influenciado pelo aumento da violência, principalmente nos casos de homicídios.
Desde 2014, o Amapá tem mantido o posto de estado com maior percentual de óbitos causados por fatores externos. O crescimento em 2023 foi puxado pelo aumento dos homicídios, que saltaram de 426 mortes em 2022 para 522 em 2023. Esses números refletem o desafio persistente que o estado enfrenta no combate à violência urbana, tornando o tema prioridade para políticas públicas que possam reverter esse cenário preocupante.
Além do alarmante índice de mortes por causas não naturais, o levantamento do IBGE mostra que o Amapá foi o estado com a menor taxa de mortes em acidentes de trânsito em 2023, com 9,7 óbitos por 100 mil habitantes. Embora esse dado positivo represente um avanço na segurança viária, ele contrasta fortemente com o quadro geral de mortalidade violenta no estado, evidenciando que a principal causa de mortes não naturais está relacionada a atos intencionais de violência.
Amapá tem a maior porcentagem de óbitos sem ser por causa natural justamente por essa predominância de mortes violentas, situação que se repete há anos e que afeta diretamente a qualidade de vida e a sensação de segurança da população local. Essa realidade exige ações integradas entre as forças de segurança, o poder judiciário e a sociedade civil para que haja uma diminuição efetiva desses índices.
Os impactos sociais dessa realidade são profundos e vão além dos números. As famílias das vítimas convivem com a dor da perda precoce, enquanto a economia local sofre com a insegurança que afasta investimentos e dificulta o desenvolvimento social. O Amapá tem a maior porcentagem de óbitos sem ser por causa natural, e esse fato chama atenção para a urgência de políticas públicas focadas na prevenção da violência e na promoção da cidadania.
Embora o Brasil como um todo tenha 90,6% das mortes classificadas como naturais, os 7,1% de óbitos por causas externas indicam uma parcela significativa que ainda preocupa especialistas. O Amapá lidera esse ranking, reforçando a necessidade de um olhar diferenciado para os problemas de segurança pública no estado. É fundamental que os dados do IBGE sirvam de base para o planejamento de estratégias eficazes e sustentáveis.
Por fim, o panorama apresentado pelo IBGE mostra que o Amapá tem a maior porcentagem de óbitos sem ser por causa natural, um desafio que exige compromisso conjunto do governo e da sociedade. Reduzir os índices de homicídios, suicídios e afogamentos deve ser prioridade para garantir mais segurança e qualidade de vida à população amapaense, revertendo esse triste recorde e construindo um futuro mais seguro para todos.
Autor: Luvox Pherys